A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou na manhã desta quarta-feira (11) a Operação Marca Fria, com o objetivo de combater crimes de abigeato — furto e comercialização ilegal de gado — no município de Brasilândia. A ação, coordenada pela Delegacia local, contou com apoio da Coordenadoria-Geral de Perícias, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO).
A operação teve como alvo o investigado D.H.C.S., de 37 anos, suspeito de furtar, adulterar e revender animais bovinos na região. A investigação começou após a recuperação de dez cabeças de gado subtraídas de uma fazenda no dia 12 de abril. Segundo as autoridades, o homem teria utilizado um marcador próprio para alterar as marcas dos animais, com o objetivo de burlar a identificação original e facilitar a revenda ilícita.
Com base em laudos periciais, depoimentos e movimentações pecuárias analisadas, foram expedidos mandados de busca e apreensão em três endereços ligados ao suspeito: sua residência, uma fazenda e um sítio.
Durante as diligências, o pai do investigado, A.S.M., de 62 anos, tentou destruir provas digitais ao quebrar o próprio celular no momento da abordagem. Ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e fraude processual. Na casa, os policiais encontraram duas armas (calibres .28 e .22), diversas cápsulas, R$ 6.800 em dinheiro, celulares e uma caminhonete Toyota Hilux que será periciada.
Na fazenda, D.H.C.S. resistiu à prisão e chegou a ameaçar os policiais, mas acabou contido. Foram apreendidos documentos de comercialização de gado, munições, um veículo Fiat Strada e uma motocicleta. Fiscais da IAGRO também identificaram animais sem marcação de origem ou com sinais de adulteração, reforçando as suspeitas.
Já no sítio, os agentes localizaram documentos sobre a revenda de gado, uma caminhonete Ford F-250, um caminhão Ford F-4000 — suspeito de ter sido utilizado no transporte dos animais furtados —, além de uma carcaça bovina e um “cemitério” de ossos descartados irregularmente. Por conta disso, D.H.C.S. também foi autuado por crime ambiental.
Todos os materiais apreendidos, incluindo veículos, celulares e documentos, serão analisados para confirmar a origem dos bens e apurar o envolvimento de possíveis comparsas. As investigações seguem em andamento. (J.B)