Sonam Raghuvanshi é suspeita de encomendar assassinato do esposo; polícia investiga possível relação extraconjugal
Uma mulher de 25 anos, identificada como Sonam Raghuvanshi, foi presa na Índia acusada de orquestrar o assassinato de seu marido, Raja Raghuvanshi, de 30, durante a lua de mel do casal no estado de Meghalaya, no nordeste do país.
Segundo a emissora indiana NDTV, a prisão ocorreu após Sonam se render em uma delegacia no distrito de Ghazipur, em Uttar Pradesh, nesta segunda-feira (9). Quatro homens, incluindo um suposto amante da mulher, também foram detidos.
O casal se uniu em 11 de maio deste ano em uma cerimônia arranjada pelas famílias. Segundo o irmão de Raja, Vipin Raghuvanshi, não havia registros de desentendimentos entre os recém-casados antes ou depois do casamento.
Crime e desaparecimento
A viagem dos dois começou em 20 de maio. Quatro dias depois, no entanto, o casal foi dado como desaparecido. A motocicleta alugada por eles foi encontrada abandonada a sete quilômetros de onde eles foram vistos pela última vez, segundo a rede britânica BBC.
Equipes de resgate, acompanhadas por moradores locais, realizaram buscas pelos dois. Uma semana após o desaparecimento, o corpo de Raja foi encontrado em um desfiladeiro, com a garganta cortada e sinais de golpes de facão.
Sonam, por outro lado, permaneceu desaparecida, o que levou as famílias a organizarem uma campanha exigindo que a polícia local intensificasse as investigações. Eles também pediram a intervenção da polícia federal e chegaram a escrever uma carta ao primeiro-ministro Narendra Modi.
Prisões
Nesta segunda, a polícia anunciou que Sonam havia se rendido em uma delegacia. Quatro outros suspeitos de terem participado do crime foram detidos em operações realizadas no mesmo dia.
Segundo a NDTV, a polícia acredita que três dos homens foram contratados por Sonam para executar o assassinato, possivelmente motivado por um relacionamento pré-existente entre ela e Raj Kushwaha, o quarto suspeito, descrito como o “mentor” do crime.
Um guia turístico, Albert Pde, foi peça-chave na investigação. Ele relatou à polícia ter visto Raja e Sonam com três homens que falavam hindi no dia 23 de maio, o que ampliou os parâmetros da busca.
O superintendente de polícia de Meghalaya, Vivek Syiem, descreveu Sonam como a principal suspeita, sugerindo que ela poderia ter um relacionamento extraconjugal com um dos homens presos.
O pai de Sonam, Devi Singh, defendeu a filha, afirmando à agência ANI que ela é inocente e que “conseguiu escapar de seus captores”. Ele acusou a polícia de Meghalaya de “inventar histórias” e pediu uma investigação federal.
Vipin Raghuvanshi, irmão de Raja, inicialmente duvidou do envolvimento de Sonam, mas mudou de tom após a prisão de um dos suspeitos, que trabalhava no escritório dela. “Se ela é culpada, deve ser punida”, afirmou, segundo a NDTV.
(Informações R7)