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‘Operação Tromper’: MP aponta Claudinho Serra como chefe de esquema em Sidrolândia

Redação –

O Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu na manhã desta quinta-feira (5) um mandado de busca e apreensão na residência do ex-vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra (PSDB), em Campo Grande. A ação faz parte do desdobramento da Operação Tromper, que investiga um esquema milionário de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia (MS).

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Claudinho Serra é apontado como chefe da organização criminosa que atuava em contratos fraudulentos da istração pública durante o período em que ele foi secretário municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica, na gestão da ex-prefeita e sogra dele, Vanda Camilo.

Além da operação na capital, outro mandado foi cumprido em uma residência em Sidrolândia. De acordo com o apurado pelo Jornal Midiamax, pelo menos um mandado de prisão também foi executado nesta nova fase da investigação, embora o MPMS ainda não tenha divulgado detalhes oficiais.

Três fases e dezenas de réus

A Operação Tromper teve início há dois anos e já soma três fases, com investigações que revelaram um esquema de desvios milionários em licitações públicas. Ao todo, o processo judicial reúne mais de 7 mil páginas, com 27 réus denunciados por pelo menos 12 crimes diferentes, com base em duas delações premiadas — uma delas feita pelo ex-servidor Tiago Basso da Silva.

Entre os setores investigados estão a Fundação Indígena, o abastecimento da frota de veículos oficiais, o Cemitério Municipal e rees ilegais de empresários ao ex-secretário. Segundo o MP, os valores das propinas variavam entre 10% e 30% do valor dos contratos.

Monitorado por tornozeleira eletrônica

Desde março deste ano, Claudinho Serra e outros cinco réus continuam sendo monitorados por tornozeleira eletrônica, por determinação da Justiça. A medida foi prorrogada até 16 de novembro pelo juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia.

Os réus que seguem com monitoramento são:

  • Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho – ex-vereador e suposto chefe do esquema;
  • Carmo Name Júnior – assessor de Serra;
  • Ricardo José Rocamora Alves – empresário que emitia notas frias;
  • Ana Cláudia Alves Flores – ex-pregoeira municipal;
  • Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa – ex-servidor municipal;
  • Thiago Rodrigues Alves – ex-servidor municipal.

Em sua defesa, Claudinho alegou desconforto causado pela tornozeleira, afirmando sofrer com alergias. O argumento foi rejeitado pela juíza substituta Larissa Ribeiro Fiuza, que afirmou que o uso do equipamento é compatível com a vida em zona rural e que “o desconforto pessoal ou social causado pelo uso do equipamento não pode se sobrepor à necessidade de cumprimento das determinações judiciais”.

Sem previsão de sentença

Devido à complexidade e ao volume do processo, o juiz Bruce Bueno Silva informou que ainda não há previsão para uma sentença final. O magistrado assumiu recentemente a Vara Criminal de Sidrolândia e segue analisando o caso.

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