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Redução de R$ 0,17 no litro da gasolina impacta preços em junho na Petrobras (PETR4)

A Petrobras anunciou uma redução de 5,6% no preço da gasolina nas refinarias, medida que entrou em vigor nesta terça-feira, 3 de junho de 2025, com o litro ando a custar R$ 2,85 para as distribuidoras, uma queda de R$ 0,17. A decisão, motivada pela baixa no preço do petróleo no mercado internacional, deve influenciar os valores nas bombas e impactar positivamente a inflação de junho, segundo economistas. A notícia gerou revisões nas projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com expectativas de alívio na pressão inflacionária, apesar de outros custos, como energia elétrica, seguirem em alta. A medida ocorre em um momento de ajustes contínuos nos combustíveis, após cortes no diesel e sinais de novas reduções.

A queda no preço da gasolina reflete a política de alinhamento da Petrobras com o mercado global. A estatal monitora cotações internacionais e câmbio para definir ajustes.

  • Impacto no bolso: A redução pode chegar aos consumidores, mas depende de margens de distribuidoras e impostos.
  • Inflação: Economistas preveem queda de 0,10 ponto percentual no IPCA de junho.
  • Contexto global: A baixa no petróleo Brent favoreceu a decisão da Petrobras.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que a defasagem da gasolina no Brasil está em 2%, indicando espaço para ajustes futuros.

gasolina
gasolina – CHARAN RATTANASUPPHASIRI/Shutterstock.com

Ajustes nas refinarias

A redução de 5,6% no preço da gasolina é a primeira para o combustível em 2025, após a Petrobras realizar três cortes no diesel no último ano. O valor de R$ 2,85 por litro para distribuidoras foi calculado com base em cotações internacionais do petróleo Brent, que registraram quedas recentes. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou na semana ada que a estatal acompanharia o mercado global para definir novos preços. A medida reflete a estratégia de paridade com preços internacionais, adotada para manter a competitividade.

A gasolina vendida nas refinarias não chega diretamente aos consumidores. O preço final nas bombas inclui impostos, como ICMS, e margens de lucro de distribuidoras e postos.

Efeitos na inflação

Economistas revisaram projeções para o IPCA de junho após o anúncio da Petrobras. A gasolina, que tem peso significativo no índice, deve contribuir para uma queda de cerca de 0,10 ponto percentual, segundo analistas. A redução ocorre em um momento de pressões inflacionárias, como o aumento nas contas de luz devido à bandeira vermelha anunciada pelo governo.

  • Peso da gasolina: Representa cerca de 5% do IPCA, influenciando diretamente o índice.
  • Outros fatores: Energia elétrica e alimentos seguem como pressões inflacionárias.
  • Projeções: Bancos como Itaú e Bradesco ajustaram estimativas para baixo.

A queda no preço do combustível pode aliviar o custo de vida, especialmente para transporte e logística, setores sensíveis a variações nos combustíveis.

Cenário dos combustíveis

A Petrobras ajustou o preço do diesel em 4,66% no último mês, o terceiro corte em 2025, e agora foca na gasolina. A sequência de reduções reflete a dinâmica do mercado internacional, com o petróleo Brent oscilando abaixo de US$ 70 por barril em maio. A Abicom destaca que a defasagem de 2% no preço da gasolina indica que os valores no Brasil estão próximos da paridade internacional, mas ainda há margem para ajustes.

Os preços dos combustíveis têm impacto direto em diversos setores. Transportadoras e indústrias que dependem de logística acompanham os anúncios da Petrobras, já que reduções podem diminuir custos operacionais.

Fatores globais

A queda no preço do petróleo é impulsionada por uma combinação de fatores. A demanda global por petróleo tem crescido menos que o esperado, enquanto a oferta segue estável, com países da Opep mantendo cotas de produção. Além disso, o dólar enfraquecido frente ao real contribuiu para a decisão da Petrobras.

  • Demanda global: Crescimento econômico lento em países como China reduz consumo.
  • Oferta: Opep+ mantém cortes na produção, mas estoques estão elevados.
  • Câmbio: Dólar a R$ 5,60 favorece ajustes nos preços internos.
  • Brent: Barril caiu 8% em maio, influenciando preços no Brasil.

A volatilidade no mercado de petróleo exige monitoramento constante pela Petrobras, que ajusta preços para evitar defasagens.

Impacto nos consumidores

O preço final da gasolina nos postos varia entre estados devido a impostos estaduais, como o ICMS, que pode chegar a 29% em algumas regiões. Em São Paulo, o litro da gasolina comum custava, em média, R$ 5,90 na última semana de maio. Com a redução nas refinarias, o valor pode cair até R$ 0,10, segundo estimativas de associações de postos.

A variação nos preços depende de decisões comerciais. Alguns postos podem rear a redução imediatamente, enquanto outros mantêm margens para compensar custos fixos.

Setores afetados

A queda no preço da gasolina beneficia setores como transporte público, logística e agricultura. Empresas de transporte rodoviário, que enfrentam alta nos custos com diesel e manutenção, podem reduzir tarifas. Na agricultura, combustíveis mais baratos diminuem gastos com máquinas e transporte de grãos.

  • Transporte: Empresas de ônibus e aplicativos de mobilidade avaliam ajustes.
  • Logística: Frete rodoviário pode ficar até 2% mais barato.
  • Agricultura: Safra de grãos ganha competitividade com custos menores.

A redução também influencia o comportamento do consumidor, que pode aumentar o uso de veículos particulares com combustíveis mais íveis.

Política de preços

A Petrobras mantém a política de paridade internacional desde 2016, ajustando preços com base no petróleo Brent e no câmbio. A estratégia visa equilibrar competitividade e receita, mas gera debates sobre impactos no consumidor. Magda Chambriard, presidente da estatal, afirmou que novos cortes podem ocorrer se o petróleo continuar em baixa.

A defasagem de 2% apontada pela Abicom mostra que os ajustes estão alinhados com o mercado global. No entanto, variações rápidas no câmbio ou no petróleo podem exigir revisões frequentes.

Reações do mercado

Bancos e consultorias econômicas reagiram rapidamente à redução. O Itaú revisou a projeção do IPCA de junho para 0,35%, ante 0,45% anteriores. O Bradesco estima que a inflação acumulada no ano pode fechar abaixo de 4%, caso os combustíveis sigam em queda.

O mercado de ações também sentiu o impacto. As ações da Petrobras subiram 1,5% na B3 na segunda-feira, antes do início da redução, refletindo confiança na gestão de preços da estatal.

Histórico recente

A Petrobras realizou ajustes frequentes em 2024, com destaque para três cortes no diesel. A gasolina, que não tinha redução desde dezembro de 2024, volta a ser ajustada em um momento de alívio no mercado global. A estatal anunciou 12 mudanças nos preços dos combustíveis no último ano, entre altas e baixas, para manter a paridade.

  • Diesel: Três cortes em 2025, totalizando 10% de redução.
  • Gasolina: Última queda foi de 3% em dezembro de 2024.
  • Frequência: Ajustes ocorrem, em média, a cada 45 dias.

A sequência de reduções reflete a estabilidade relativa no mercado de petróleo, mas analistas alertam para riscos de volatilidade no segundo semestre.

Expectativas futuras

A Petrobras monitora o mercado para definir novos ajustes. Magda Chambriard destacou que a estatal está atenta a oscilações no Brent e no câmbio. A Abicom projeta que, com o petróleo abaixo de US$ 70, a gasolina pode ter novos cortes em julho.

A bandeira vermelha na energia elétrica, que eleva contas em até 7%, limita o alívio inflacionário. Ainda assim, a redução na gasolina é vista como um fator positivo para a economia no curto prazo. (Informações mix vale)

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